"A União Europeia vai destruir a Europa"
Segundo o filósofo, o que se tem vindo a fazer na construção europeia não é uma unidade específica própria: "Não se vai a tempo de corrigir o rumo. Vai-se a tempo de corrigir é o rumo que desde o princípio enviesou para uma direção pior do que aquela que se esperava, a de culminar num Estado político unitário europeu."
Para José Gil, o provável crescimento da extrema-direita e da extrema-esquerda na representação no Parlamento Europeu não está a ter resposta suficiente: "Vejo pouca reação e pouco desejo de afirmação da democracia por parte dos democratas europeus relativamente a esses partidos da extrema-direita que estão a nascer como cogumelos em toda a parte."
Quanto ao aparecimento do populismo em Portugal, José Gil considera que "depois das eleições, se a abstenção for muito grande, é possível que comece a aparecer um terreno próprio da demagogia e propício ao populismo".
Quanto ao legado de Portugal na União Europeia, o filósofo prevê que seja o do "desvanecimento" devido à "continuação da política que prolonga ou piora por uma outra década o que está a ser feito do ponto de vista social no país".